segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mais respeito pela informação, obriga a expor a verdade e não andar a tentar cobrir o sol com uma peneira...

A Concelhia do CDS/PP de Abrantes enviou um comunicado dia 12 de Maio, para toda a imprensa local, regional e nacional, que saíu publicado nos jornais "Primeira Linha" e "Nova Aliança", respectivamente em 14 e 15 de Maio.

A BARCA recebeu-o em 12 de Maio, mas só o transcreveu em 18 no one-line, não como notícia principal, mas como pretexto para um mal alinhavado desmentido do Chefe da Protecção Civil de Abrantes

Abrantes merecia melhor prestação do serviço noticioso, nomeadamente, mais isento, mais sério e acima de tudo, perfeitamente entendível por quem quer mesmo ler notícias isentas e dispensa a manipulação informativa...

A BARCA one-line passou este texto:

«João Pombo, responsável pela Protecção Civil no Concelho de Abrantes desconhece em absoluto o assunto que deu azo a um comunicado da Concelhia do CDS/PP de Abrantes intitulado “Crime Ambiental no Labirinto do Açude Insuflável no Aquapolis em Abrantes pela dificuldade na subida do peixe”.
No comunicado do CDS-PP é referido que no Verão de 2008 “Milhares de peixes - tainha e barbo - ficaram fechados no percurso do labirinto, por erro no manuseamento das válvulas, tendo morrido com falta de oxigénio. O alerta foi dado aos Bombeiros Municipais de Abrantes por uns pescadores que ali passavam nessa ocasião, ocorrida no verão de 2008. Esses peixes mortos, calculados em mais de uma tonelada, acabaram por serem despejados pela Protecção Civil rio Tejo abaixo, tendo aparecido muitos deles nas margens da Lezíria, até Vila Franca de Xira”.
João Pombo desmente o facto: “Houve de facto uma descida repentina da água, que ocasionou a morte de alguns peixes, um balde de peixes que foram retirados pelos bombeiros, nada mais do que isso. E um balde não é seguramente uma tonelada»
.
NOTA: O Abrantes Popular mantem todo o conteúdo do seu comunicado que o dá como verdadeiro, secundado por várias testemunhas de um role de mais de uma dezena.
Foram uns pescadores das Barreiras do Tejo quem deu o alerta para a Protecção Civil, que ocorreu ao local com 2 agentes da GNR.
Logo, terão que existir relatórios e participações!
Só um dos pescadores, à sua conta, encheu três baldes de 30 litros, cheios de peixe que os bombeiros içaram do labirinto e vazaram para a corrente do rio Tejo, abaixo do açude. Outra quantidade de peixe moribundo foi arrastada pela própria corrente do labirinto, uma vez rebentados os cadeados das válvulas das comportas por um dos pescadores, diante da GNR e do Chefe da Protecção Civil.
Mas várias testemunhas que ali acorreram, ainda encheram sacos de adubo de 50 kg, tendo levado alguns desses sacos com peixe meio moribundo para casa, pois viram nele interesse como alimento.
Ao outro dia ocorreu novo acidente, - o que é muito frequente acontecer - devido mais uma vez, a uma baixa repentina das águas. Nessas situações, o labirinto ao esvaziar, logo causa a asfixia a todos os peixes que lá estejam de passagem. Um problema de falha de ajuste automático, na compensação dos níveis dos caudais.
Daí, que nesse segundo dia tenha ocorrido mais umas centenas de quilos de peixe mortos e mais uma vez despejados pelo rio Tejo abaixo, aparecendo mortos logo em Tramagal e Constãncia e Lezíria.
Estes acidentes, embora em proporções mais pequenas ocorrem com demasiada frequência.
Portanto, o responsável da Protecção Civil ao admitir que tenha sido vazado peixe rio abaixo, já confirma o acontecimento. Um balde pelos bombeiros até pode ser só uma parte da verdade. Porque os outros baldes teriam sido retirados pelos populares, diante da GNR.
Quanto à A BARCA, bem podia ter tido mais brio e isenção na reposição da notícia e informar devidamente os seus leitores...

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